Em 2025, a energia solar comunitária em Portugal deixa definitivamente de ser uma projeção futura para se afirmar como uma realidade sólida e em franca expansão. A transição energética, tão debatida nos últimos anos, já se encontra em curso, sustentada por um enquadramento legal mais claro, incentivos estatais atrativos e uma crescente consciencialização da sociedade para a urgência da ação climática. O modelo de produção e consumo coletivo de energia renovável permite que vários utilizadores beneficiem de eletricidade gerada localmente por painéis solares, de forma justa, económica e sustentável.
Um modelo que junta inovação, poupança e impacto social
A energia solar comunitária surge como uma resposta prática e eficaz aos desafios energéticos e ambientais contemporâneos. Ao permitir que a eletricidade gerada por um sistema fotovoltaico seja partilhada entre vários consumidores, este modelo promove a democratização do acesso à energia limpa, contribuindo simultaneamente para a diminuição da fatura elétrica, a redução da dependência de combustíveis fósseis e a inclusão energética de comunidades que, de outra forma, não teriam acesso a soluções individuais.
Especialmente relevante em áreas urbanas densamente povoadas, onde nem todos os edifícios têm condições para instalações individuais, este formato reforça o espírito comunitário e oferece uma nova forma de gerir recursos energéticos com base na colaboração. Mais informações sobre instalação solar comunitária aqui
O que é a Energia Solar Comunitária?
A energia solar comunitária — também designada como autoconsumo coletivo — consiste na produção de eletricidade através de um sistema solar fotovoltaico partilhado entre vários consumidores, que podem residir num mesmo edifício, bairro ou comunidade. Cada participante beneficia de uma quota da energia gerada, proporcional ao seu investimento ou consumo contratado.
Este modelo é particularmente vantajoso para:
Pessoas que vivem em apartamentos sem acesso individual a telhados;
Famílias que pretendem reduzir custos energéticos através de investimento conjunto;
Cidadãos comprometidos com soluções sustentáveis e ecológicas.
Além de proporcionar uma gestão mais eficiente da energia, contribui para a descentralização da produção energética, um passo essencial para atingir as metas de neutralidade carbónica da União Europeia.
É legal e seguro?
Sim. Em Portugal, a legislação sobre autoconsumo coletivo está em vigor desde 2020, sendo regulamentada pela DGEG (Direção-Geral de Energia e Geologia). Desde então, foram introduzidas melhorias significativas no quadro legal, e em 2025 o processo está mais simplificado, acessível e transparente.
Os projetos podem ser realizados com o apoio de empresas certificadas e especializadas, que asseguram o cumprimento de todos os requisitos legais e técnicos. A partilha da energia é gerida de forma segura e automatizada, garantindo que cada consumidor recebe a quota correspondente.
Vantagens económicas e ambientais
A adesão a uma comunidade solar traduz-se em benefícios significativos, tanto económicos como ambientais:
Redução da fatura de eletricidade em até 30% ou mais;
Divisão dos custos de instalação, o que torna o investimento acessível;
Financiamento coletivo com prestações reduzidas;
Acesso à energia renovável mesmo sem propriedade exclusiva do imóvel;
Contributo direto para a redução da pegada carbónica da comunidade.
Veja aqui exemplos de projetos que já beneficiam desta poupança
Como funciona na prática?
A implementação de um sistema de autoconsumo coletivo começa com a formação de um grupo interessado e a contratação de uma empresa instaladora. Após a instalação dos painéis solares, é definido um acordo entre os participantes, no qual se estabelece a distribuição da energia produzida.
A monitorização é feita através de sistemas digitais inteligentes, permitindo o controlo individual de consumos e produção. Caso haja excedente de energia, este pode ser injetado na rede elétrica nacional, gerando rendimentos ou créditos futuros para os membros da comunidade. Conheça os passos para aderir a um projeto solar coletivo
O que mudou em 2025?
O ano de 2025 trouxe novas oportunidades e apoios para quem deseja aderir ao modelo comunitário de energia solar. Entre as principais mudanças estão:
Deduções fiscais em sede de IRS associadas a investimentos em renováveis;
Programas municipais e nacionais de incentivo à criação de comunidades de energia;
Simplificação burocrática dos processos de licenciamento e ligação à rede;
Apoio técnico e jurídico disponível para grupos de cidadãos e condomínios.
Estes avanços refletem o compromisso de Portugal com a transição energética e a neutralidade carbónica até 2050.
A energia solar comunitária é hoje uma opção tangível e vantajosa para um número crescente de portugueses. Em tempos de incerteza energética e inflação, esta solução assume um papel estratégico, não só como forma de poupança, mas também como instrumento de coesão social e compromisso ambiental.
Se reside num condomínio, numa zona urbana com vizinhos interessados, ou faz parte de uma comunidade local com vontade de inovar, este é o momento ideal para avançar. Com mais apoios, menos burocracia e maior literacia energética, a energia limpa está ao alcance de todos. Inicie aqui o seu projeto comunitário e descubra as opções disponíveis
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