1. De onde vem o Coronavírus?

Os virus denominados de “coronavírus” são vírus que circulam entre os animais, com alguns deles também conhecidos por infectar seres humanos.

Os morcegos são considerados hospedeiros naturais destes vírus, mas várias outras espécies de animais também são conhecidas por serem uma fonte. Por exemplo, o Coronavírus da Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS-CoV) é transmitido aos seres humanos a partir de camelos, e a Síndrome Respiratória Aguda Grave Coronavírus-1 (SARS-CoV-1) é transmitido aos humanos por gatos.

A maioria dos casos está associada a um mercado em Wuhan (Wuhan’s Huanan Seafood Wholesale Market), específico para alimentos e animais vivos (peixe, mariscos e aves). O mercado foi encerrado a 1 de janeiro de 2020. Como os primeiros casos de infeção estão relacionados com pessoas que frequentaram este mercado, suspeita-se que o vírus seja de origem animal, mas não há certezas.

 

2. Este vírus é comparável à SARS ou a uma gripe sazonal?

O novo coronavírus detectado na Wuhan, China está geneticamente relacionado ao vírus SARS-CoV-1. A SARS surgiu no final de 2002 na China e causou mais de 8.000 casos em 33 países durante um período de oito meses. Cerca de uma em cada dez pessoas que desenvolveram a SARS morreu.

O atual surto de COVID-19 causou cerca de 7.000 casos relatados na China durante o primeiro mês após os relatórios iniciais (janeiro de 2020), com outros 80.000 casos relatados globalmente durante o segundo mês (fevereiro de 2020). Desses primeiros 87.000 casos, cerca de 3.000 morreram. Os casos agora estão a ser detetados por toda o mundo tem já um total de 145.000 infetados e um total de 5.400 mortes.

Embora os vírus que causam o COVID-19 e a uma gripe dita “sazonal” sejam transmitidos de pessoa para pessoa e possam causar sintomas semelhantes, os dois vírus são muito diferentes e não se comportam da mesma maneira. A ECDC (European Centre for Disease Prevention and Control) estima que entre 15.000 e 75.000 pessoas morram prematuramente devido a causas associadas a uma gripe sazonal a cada ano na UE. Isso é aproximadamente 1 em cada 1.000 pessoas. Em comparação, a taxa de mortalidade estimada atual para COVID-19 é de 20 a 30 por 1.000 pessoas.

A preocupação com o COVID-19 é que, ao contrário da gripe, não há vacina nem tratamento específico. E tem uma taxa de propagação/transmissão muito superior à gripe dita “normal” pois como se trata de um novo vírus, ninguém tem imunidade prévia, o que em teoria significa que toda a população humana é potencialmente suscetível à infecção por COVID-19.

 

3. Quão grave é a infecção por COVID-19?

Achados preliminares indicam que a taxa de mortalidade para COVID-19 é de 20 a 30 por mil pessoas diagnosticadas. Isso é significativamente menor que o surto de SARS de 2003. No entanto, é muito superior à taxa de mortalidade por uma gripe sazonal.

 

4. Qual é o modo de transmissão? Quão (facilmente) o vírus se espalha?

Atualmente, não há informações epidemiológicas suficientes para determinar com que facilidade e sustentabilidade o Coronavírus se espalha entre as pessoas, mas atualmente estima-se que, em média, uma pessoa infectada irá infectar entre duas e três pessoas. O vírus parece ser transmitido principalmente por gotículas respiratórias quando as pessoas espirram ou tossem. O vírus também pode sobreviver por várias horas em superfícies como é o exemplo de mesas, balcões e maçanetas.

Atualmente, o período de incubação do COVID-19 (isto é, o tempo entre a exposição ao vírus e o início dos sintomas) é compreendido entre os 2 e os 14 dias. Nesta fase, é sabido que o vírus pode ser transmitido quando as pessoas infectadas apresentam sintomas semelhantes aos da gripe, como tosse, febre e dificuldades respiratórias. Há também evidências que sugerem que a transmissão pode ocorrer a partir de uma pessoa infectada sem quaisquer tipo de sintomas; no entanto, permanecem incertezas sobre o efeito da transmissão por pessoas não sintomáticas na epidemia.

 

Informação médica

1. Quais são os principais sintomas da infecção por COVID-19?

O vírus pode causar sintomas leves e semelhantes aos da gripe, como:

  • febre (T>37,5ºC)
  • tosse
  • dificuldade para respirar
  • dor muscular
  • cansaço

Os casos mais graves desenvolvem pneumonia grave, síndrome do desconforto respiratório agudo, sepse e choque séptico que podem levar à morte.

 

2. Algumas pessoas estão mais em risco do que outras?

Geralmente, as pessoas idosas e aquelas com condições de saúde subjacentes (por exemplo, hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares, doenças respiratórias crônicas e doenças oncológicas) são considerados os grupos de risco perante o coronavírus.

 

3. As crianças também estão em risco de infecção?

A doença em crianças parece ser relativamente rara e leve. Segundo números da China pouco mais de 2% dos casos tinham menos de 18 anos de idade. Destes, menos de 3% desenvolveram doença grave ou crítica.

 

4. E as mulheres grávidas?

Há evidências científicas limitadas sobre a gravidade da doença em mulheres grávidas após a infecção por COVID-19. Dito isto, as evidências atuais sugerem que a gravidade da doença entre as mulheres grávidas após a infecção por COVID-19 é semelhante à dos casos adultos e não há dados que sugiram que a infecção por COVID-19 durante a gravidez tenha um efeito negativo. no feto. Nem há evidências da transmissão do COVID-19 da mãe para o bebé durante a gravidez.

 

5. Quando devo fazer o teste para o COVID-19?

As recomendações atuais para testes dependem do estágio do surto no país ou na área em que vivemos. Os países da UE/EEE podem estar em diferentes cenários, mesmo dentro do mesmo país, e as abordagens de teste serão adaptadas à situação em nível nacional e local.

As autoridades nacionais podem decidir testar apenas subgrupos de casos suspeitos com base na capacidade nacional, na disponibilidade do equipamento necessário para o teste, no nível de transmissão do COVID-19 ou em qualquer outro critério.

 

6. Onde posso fazer o teste?

Se já estiver a sentir-se mal com os sintomas acima citados do COVID-19 (como febre, tosse, dificuldade em respirar, dor muscular ou cansaço), é recomendável entrar em contato com a Linha Saúde 24808 24 24 24. E nunca se deverá deslocar a nenhum centro hospitalar sujeitando-se a ser contaminado ou a contaminar quem lá se encontra. Se o profissional de saúde acreditar que é necessário um teste laboratorial para o vírus, ele informará o procedimento a seguir.

 

7. Qual é o tratamento?

O tratamento para a infeção por este novo coronavírus é dirigido aos sinais e sintomas que os doentes apresentem.

 

Coronavirus

 

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Prevenção

1. Como posso evitar ser infectado?

O vírus entra no seu corpo através dos olhos, nariz e/ou boca, por isso é importante evitar tocar na cara e ter as mãos sempre bem lavadas. É recomendável lavar as mãos com água e sabão por pelo menos 20 segundos e limpar as mãos com soluções à base de álcool.

Também é recomendável ficar a 1 metro ou mais das pessoas infectadas com COVID-19 e que apresentem sintomas, para reduzir o risco de infecção por gotículas respiratórias.

 

2. O que devo fazer se tiver tido contato próximo com alguém que tenha o COVID-19?

Notifique as autoridades de saúde pública da sua região que fornecerão as devidas orientações sobre as próximas etapas a serem tomadas. Se desenvolver algum sintoma, ligue imediatamente o 808 24 24 24 – Linha Saúde 24 para aconselhamento, mencionando que entrou em contato com alguém com COVID-19.

 

3. As máscaras faciais são eficazes na proteção contra o COVID-19?

Se estiver infectado, o uso de máscaras cirúrgicas pode reduzir o risco de você infectar outras pessoas, mas não há evidências de que as máscaras impedirão efetivamente que sejamos infectado pelo coronavírus. De fato, é possível que o uso de máscaras faciais possa até aumentar o risco de infecção devido a uma falsa sensação de segurança e ao aumento do contato entre mãos, boca e olhos.

 

lavagem das mãos

 

 

 

Cristiano Lucas
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